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terça-feira, 25 de setembro de 2018

História do Futebol em Évora - Equipas - Seta União Futebol


Pelo ano de 1917, este pequeno mas animoso agrupamento, foi fundado pelo muito conhecido desportista Grimaldo Fernandes, que nunca ali jogou. 

O seu baptismo, foi efectuado sob as arcadas medievais da Praça de Giraldo, junto ao desaparecido estabelcimento dos Armazéns do Chiado, pela já desaparecido desportista José Vicente de Carvalho (José Ceguelha). 

Antes de terem sede própria, reuniam-se no Largo de N.ª Senhora da Consolação em casa do sócio António Balão, e mais tarde, na Rua das Fontes, 50, onde depois foi igualmente sede do Juventude Sport Club. 

A equipe era toda branca com uma seta verde atravessada com as seguinte iniciais — S. U. F.

Teve por primeira constituição os seguintes jogadores: 
G. Redes — António de Oliveira; 
defesas — César Augusto Almaço e Manuel Luís Varela; 
médios — José Maria Machado, Paulo Sequeira e João Matos; 
avançados — António Almeida, António Rodrigues, Carlos Saloio, Victor Morais e José Vicente de Carvalho (José Ceguelha). 

Com a extinção deste veio a fundação do Juventude Sport Club, em Dezembro de 1918. 

« ...Trabalhava-se activamente em Abril de 1920, para a reorganização do grupo sportivo «Seta União Futebol», que há já longos anos manteve os seus créditos, rivalizando com os grupos nessa época formados. Os rapazes que constituem o grupo estão animados da melhor vontade, para que no próximo torneio possam inscrever o seu grupo, segundo nos consta, em segundas categorias.» 


Adaptado de
"Subsídios para a História do Futebol em Évora" de Gil do Monte

terça-feira, 18 de setembro de 2018

História do Futebol em Évora - Equipas - Football Club "Álvaro Gaspar"


FOOT BALL CLUB «ALVARO GASPAR»
Teve a sua fundação em Setembro de 1915 e desapareceu em fins de Abril de 1920, segundo a notícia do jornal «Democracia do Sul», de 1-5-920. 

Foram seus fundadores: António Serrano, Napoleão Palma, António Madureira, Sérgio Meireles, Manuel Meira Bastas, Manuel Boleto, etc. 

Teve por direcção — António Serrano, Bruno Godinho, António, Sérgio Meireles e Manuel Meira Bastos. Por sede: Rua Bernardo Matos, 56, em casa de António Serrano. 

A sua equipa era de cor branca e vermelha. 

Team: G. Redes — Joaquim Monte; 
defesas — Fernando e Napoleão Palma; 
médios — Costa, Bruno Godinho e Lobo; 
avançados — Manuel Boleto, Freixo, Palma, Manuel Joaquim e Sérgio. 

Disputou vários torneios, o último dos quais foi com o Ateneu Desportivo. Eborense, que perdeu por 5 a 1. 

" ... Com bastante concorrência de espectadores realizaram-se no pretérito domingo dois animados jogos de futebol, em que foram adversários em segundas categorias os grupos da Casa Pia e o Club Álvaro Gaspar, recentemente fundado, e Casa. Pia e o Club Pedestrianista Eborense. 

Às 16 horas o árbitro de 1." grupos, sr. Castro, apita para o começo dó jogo e com surpresa vimos que a linha do Pedestrianista se apresentava reforçada com mais elementos .do Ateneu, Sales e Barreiras. O grupo da Casa Pia dá os hurrhs do estilo, sendo correspondidos pelos seus adversários com o silêncio. Venceram os alunos da Casa. Pia por 3 a 1. "
(Do «Sport Lisboa», de 30-10-915).



Adaptado de
"Subsídios para a História do Futebol em Évora" de Gil do Monte

terça-feira, 11 de setembro de 2018

História do Futebol em Évora - Equipas - Vitória Football Club


Em 18 de Abril de 1915, deslocou-se a Montemor-o-Novo, a fim de ali realizar um encontro de futebol, o team do Vitória Foot-Ball Club, de Évora, que alinhou com a seguinte constituição: 

G. redes — Ferreira; 
defesas — C. T. e N. N.; 
meias defesas — Má-rio Freixo, J. Monte (cap.) e Rogério Morais; 
avançados — Venâncio, A. Pereira, Dores, Domingos e Albano. 
Suplentes — A. Machado. 

(Tomou esta este nome só para efeitos da deslocação a Montemor, e pela simpatia que havia pelo Vitória de Setúbal). 

Adaptado de
"Subsídios para a História do Futebol em Évora" de Gil do Monte

terça-feira, 4 de setembro de 2018

História do Futebol em Évora - Equipas - Grupo Pedestrianista Eborense



Fundado na primeira quinzena de Agosto de 1914, perdurou até meados de 1916. Conforme o seu nome nos indica, tinha por base a prática da alta ginástica, e outros desportos, mas em especial o pedestrianismo, para cujo fim foi fundado. 

Tinha a sua sede na Praça Joaquim António de Aguiar. A poucos dias de fundado, efectua a sua primeira corrida pedestre de 11 000 metros, na qual se inscreveram 8 corredores, mas somente partiram 6 concorrentes. Foi vencedor José Marmelada, que com o seu esforço e bom estilo triunfou dos seus competidores. A corrida era para principiantes e o tempo gasto pelo 1.° classificado foi de 48 minutos e 30 segundos. Em 1 de Novembro de 1914, fez-se representar numa festa desportiva do Ateneu Desportivo Eborense. 

No princípio do ano seguinte, forma o seu team de futebol, do qual  faziam parte alguns conhecidos atletas, como sejam: Mário Freixo, Joaquim Monte, Monginho, José Palminha Lança, Manuel Sobreira, etc. 

A 9 de Maio de 1915, realiza um encontro com o 2.° team do Clube Atlético União Eborense, que na primeira quinzena de Agosto de 1914, se fundara nesta cidade, resultado da fusão dos grupos Sport Vitória Académico (agremiação liceal) e o Ginásio Comércio e Indústria, sob a denominação de Club Atlético União Eborense, com sede na Travessa de Santo André, tendo por fundadores Satiro de Carvalho e Augusto Cabeça Ramos. 

Dedicava-se a toda a ginástica, futebol e sports atléticos. Na sua última reunião foram aprovados os regulamentos e eleitos os primeiros Corpos Gerentes e capitães sportivos, não se tendo realizado a eleição da mesa da assembleia geral e conselho fiscal devido à hora ser já muito adiantada. 

A eleição deu os seguintes resultados: 
Presidente — Augusto Cabeça Ramos; 
Tesoureiro — Meira Bastos; 
1.° Secretário — Satiro B. Martins de Carvalho; 
2.° Secretário — Manuel do Vale; 
Vogais — António Cândido e José Palminha Lança. 
Capitão de Futebol e sports atléticos — Augusto Cabeça Ramos. 

O Club contava com óptimos atletas, dos quais muito havia a esperar para o bom nome da cidade, onde o entusiasmo e boa vontade fazia prodígios de valor. Tinha campo próprio e murado, designado por Campo da Malagueira, junto da quinta do mesmo nome, do sr. Conde da Ervideira, inaugurado em 22 de Novembro de 1914, com um encontro de futebol com o seu 2.° team e um misto do Graça e do Foot-Ball Eborense, de cujo prélio resultou um empate a 3 bolas. 

Equipe — Camisola preta com bolso branco e calção também branco. 

Tinha a seguinte constituição: 
Guarda Redes — Mário Rodrigues; 
defesas — João Gonçalves e Cândido; 
médios — Joaquim Monte, Cabeça Ramos e Monginho; 
avançados —Bruno Godinho, Manuel Boleto (Cácá), Sobreira, Palminha e N. N. 
Suplentes — Pedro, Vicente, Aleixo e Magno. 

Fez várias festas sportivas na Praça de Touros, em seu benefício, a fim de custear as despesas com o Campa da Malagueira e apetrechos. 

Adaptado de
"Subsídios para a História do Futebol em Évora" de Gil do Monte



terça-feira, 28 de agosto de 2018

História do Futebol em Évora - Equipas - Clube Atlético União Eborense


Fundou-se na primeira quinzena de Agosto de 1914 e extinguiu-se em 1917. Fundado nesta cidade por um agrupamento desportivo, sob a denominação Club Atlético União Eborense, com sede na Rua de Santo André em resultado da fusão dos grupos Ginásio Comércio e Indústria Vitória Académico

Foram seus fundadores os srs. Augusto Cabeça Ramos, Satiro de Carvalho, Manuel Meira Bastos, Aquiles Caeiro, José Barrocas, António Cândido, Bruno Godinho, José Palminha, António Carvalho e outros. 

Estes entusiastas, duma maneira geral, dedicavam-se a toda a qualidade de ginástica, em especial o futebol e os desportos atléticos. 

Numa das últimas reuniões de preparação, foram aprovados os regulamentos, e é eleita a sua primeira direcção e capitães sportivos; não se tendo realizado a mesa da assembleia geral e conselho fiscal devido à hora ser já muito adiantada. 

A eleição deu o seguinte resultado: 
Vogais — António Cândida e José Palminha. 
Presidente — Augusto Cabeça Ramos; 
Tesoureiro — Manuel do Vale; 
Capitão de futebol e sportes atléticos — Augusto Cabeça Ramos. 
Equipe — Camisola preta com bolso branca e calção branco. 
Possuia campo de jogos, anexo à «Quinta da Malagueira», propriedade do Conde da Ervideira, inaugurado em 22 de Novembro de 1914. 

Uma fase do Barreirense - Misto de Évora, no Campo do Rossio de S. Bras

Fez a sua estreia oficial com o 2.° team, contra um misto do Sport Club e do Foot-Ball Eborense, em 7-3-915, do qual resultou um empate a 3 bolas. 

"...O Club conta em futebol bons elementos, tais como: Pimentel, Sobreira, Mário, Cabeça Ramos, Palminha, João Gonçalves e outras, e em sports atléticos: Cândido, Bastos, Cabeça Ramos, Pimentei, etc. É de esperar que este novo Club dê grande incremento ao sport em Évora não só pelos elementos de que é formado como também pela boa vontade de que todos se acham animados. Brevemente serão publicadas as linhas dos respectivos teans de foot-ball.. "
(Do «Notícias de Évora», n.° 4 181, de 18-8-914). 

Em 14-3-915, efectuou-se mais um sensacional desafio de futebol com um misto dos restantes grupos da cidade, de cujo encontro saiu vencedor par 7 bolas a 0. 

Os jogadores eram capitaneados por Bruno Godinho, jogador de muita popularidade. 
Alinharam pelos vencedores: G. Redes — Mário; defesas — João Gonçalves e Cândido; médios — Monte, Cabeça Ramos e Monginho; avançados —Bruno, Boleto, Sobreira, Palminha e N. N. Suplentes — Pedro, Vicente e Aleixo. 

Em 11-4-915, apresentou-se contra o Barreirense, com uma pequena variante na linha avançada: 
G. Redes — Mário; defesas — João Gonçalves e Cândido; médios — Monte, Cabeça Ramos e Monginho; avançados — Bruno, Boleto, Sobreira, Castro e João Pais. Suplentes — Palminha, Aleixo, Vicente e Magno. 

Fez várias festas sportivas na Praça de Touros, em seu beneficio, a fim de custear as despesas com o campo da Malagueira e apetrechos. 
Ao terminar o mês de Abril, no dia 30-5-1915, o Atlético com o União Sport, de Montemor-o-Novo, do qual não cheguei a apurar o resultado.  No semanário «Comércio e Indústria», n.° 1, de 11-7-1915, anunciava na sua primeira página, em nota desportiva: 

"É com bastante mágua nossa que damos os sportmens eborenses a notícia de que vai acabar o simpático «Club Atlético União Eborense». Depois de ter proporcionado tardes de verdadeiro sport ao público eborense e de ter alcançado tanta vitória, assim vimos fin-dar este Club a que nós tinhamos a honra de pertencer, pois segundo nos disse um director do mesmo, não podia continuar por-que a maioria de quotas render pouco e o proprietário do campo pedir mais dinheiro pelo arrendamento. Visto estas circunstâncias não é possível a sua continuação. Também nos disse o mesmo senhor que andava trabalhando para fundar nesta cidade uma delegação do Sport Lisboa e Benfica. Oxalá todos os sportmens a auxiliem para que não se deixe de praticar sport em Évora."

Adaptado de

"Subsídios para a História do Futebol em Évora" de Gil do Monte

terça-feira, 29 de agosto de 2017

História do Futebol em Évora - Equipas - Lusitano Académico

Crê-se tratar-se de algum grupo de momento, ou então linha de juniores. Era vulgar naqueles tempos, quando se desejava realizar qualquer desafio extra-clubes, formar-se um team. baptizando-o e defrontavam outro adversário à sua escolha. 

Por mais que se investigasse. não se conseguiu mais que esta lacónica notícia, inserta no « Sul Democrático»: 

«21-12-1913. Pelas 13 horas efectuou-se no Rossio de 8. Brás, um desafio de futebol, entre o 3.° team do Ginásio Club Comércio e indústria e o Lusitano Académico, tendo por arbitro Bruno Godinho». 

(Do «Sul Desportivo», de 1913) 

A 11 de Abril de 1915, realizou-se um desafio com o Football Club Barreirense, que pela primeira vez perdeu em Évora. 

Fundadores — Satiro de Carvalho, Manuel Meira Bastos, Aquiles Caeiro, José Barrocas, António Cândido, Bruno Godinho, José Palminha, António Carvalho, etc.

Adaptado de
"Subsídios para a História do Futebol em Évora" de Gil do Monte

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

História do Futebol em Évora - Equipas - Sport Club da Graça

O Largo da Graça era tido por um dos mais característicos recantos da cidade, embora se ressentisse da sua pequenez; mas muito populoso, ali se aglomerava o rapazio, desde o pé-descalço ao aprendiz de tipógrafo, ou mesmo do estudante. 

Foi neste ambiente de rebeldia e de viveza, que desabrocharam algumas gerações de outrora; e, por conseguinte, não podiam ficar indiferentes à margem do desporto da bola. Um grupo de entusiastas, fundaram um pequeno grupo de futebol, denominado por Sport Club da Graça, que logo foi aceite com geral simpatia no meio citadino eborense, quando decorria o ano de 1913, e prolongou-se até ao ano de 1918. Reuniram-se estes, primeiramente, sob o adro do Convento de Nossa Senhora da Graça e, mais tarde,, em casa do velho Frederico, pai de dois jogadores do club e seus fundadores, na Rua Cardeal Rei, n.°10. 

Teve por fundadores os srs. José dos Santos Reis (padrinho do Club), Alfredo Henriques, Amílcar, José Maria Machado, Victor Morais, Manuel Albergaria Seixas, José João do Monte, Jacinto Carlos de Brito e Jaime Henriques Caldeira. 

Teve de início a seguinte comissão directiva: Presidente — Manuel Albergaria de Seixas; secretário — José Maria Machado; tesoureiro — Celestino Taborda; vogais — José João do Monte e Jaime Henriques. A equipe, primeiramente, era constituída por uma blusa branca com gola e punhos em azul e, mais tarde, blusa vermelha com bolso azul, calção branco, e eram confeccionadas pela mãe do Alfredo e Jaime Henriques. Conheço-lhe duas formações, e outras teria tido, a saber: 
G. Redes — Arménio Manteigas; 
defesas — José Antunes da Silva e Celestino Taborda; 
médios — Mamede dos Santos, Manuel Albergaria de Seixas e Jacinto Barrigó; 
avançados — Gregório Baião, Victor Morais, José Silvestre, José Maria Machado e Alfredo Henriques. 

Em 1915 tinha a seguinte constituição: 
G. Redes — Jacinto Brito; 
defesas — C. Augusto e A. Rodrigues; 
médios — F. André, Jaime Rodrigues Caldeira e M. Moniz; 
avançados —Adriano, Victor Morais, Alfredo Henriques (cap.), José João do Monte e Andrade. 

A mais antiga notícia que encontrei deste Clube, foi a da realização dum encontro de futebol com o 3.° team do Ginásio Club Comércio e Indústria, pelas 16 horas da tarde de 9 de Novembro de 1913, que presumo ser o primeiro jogo efectuado pelo Sport Club da Graça. 

Extinguiu-se em meados de 1918, dando oportunidade ao fortalecimento das hostes do Juventude Sport Club e do Lusitano Futebol Club, que então nasciam para a glória do desporto eborense, quase gémeos. José dos Santos Reis e mais alguns ferrenhos, ainda tentaram reorganizar o simpático Sport Club da Graça, mas em vão. 

Adaptado de
"Subsídios para a História do Futebol em Évora" de Gil do Monte

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

História do Futebol em Évora - Equipas - Real Casa Pia de Évora


Com esta lacónica notícia inserta no diário «Notícias de Évora», de 13-4-1909, descrevia a introdução do Futebol nesta cidade. que viria evolucionar a vida citadina da famosa povoação romana, após alguns anos de porfiada luta na sua prática.

«Foi ontem inaugurado o jogo de Foot-ball na cêrca d'este estabelecimento por um grupo de sympathicos rapazes eborenses, composto dos srs.Ricardo de Mattos Villardebó, Anselmo de Mattos Villardebó, Joaquim de Mattos Fernandes, Angelo Moreno, Raul de Sousa, Manuel Villas Boas e Jacintho Rosado Lopes, que da melhor vontade se prestaram a ensinar os alunnos d'este estabelecimento.
Completou-se o grupo com 15 alunnos da casa que jogaram várias partidas, tornando-se o jogo muito interessante pelo enthusiasmo que em todos se notava.
Num intervallo houve luta japonesa para os alunnos verem, entre os srs. Raul de Sousa e Angelo Moreno, tornando-se de grande effeito.
Em seguida houve Judo pelos srs. Angelo Moreno e Jacintho Rosado Lopes, dando-se vários golpes com muita precisão.
Assistiram ao ensaio os srs. Provedor e Vice-Provedor que se mostraram muito reconhecidos para com estes bons rapazes que prestam assim um grande benefício aos alunnos do estabelecimento com este género de Sport que muito poderá concorrer, realmente, para o seu desenvolvimento phisico.»

(Do «Notícias de Évora», n.° 2 550, de 13-4-1909).


A Casa Pia de Évora foi fundada em 1836, que brilhantemente tem sabido honrar os pergaminhos da terra mãe. Porém, não se alheou ao sport, que nas primeiras décadas do século XX contagiou os espíritos da época.
Praticou de preferência os sports atléticos, bem como o futebol e outras modalidades.
Cabe-lhe a honra de terem sido eles os introdutores nesta cidade do Foot-ball, em 12 de Abril de 1909, por um grupo de rapazes eborenses — Ricardo de Mattos Villardebó, Anselmo de Mattos Villardebó (8), Joaquim de Mattos Fernandes, Angelo Moreno, Raul de Sousa, Manuel Villas Boas e Jacintho Rosado Lopes, que da melhor vontade se prestaram a ensinar os alunos deste estabelecimento.
Completou-se o grupo com 15 alunos da casa que jogaram várias partidas tornando-se o jogo muito interessante; mas, só quando completou precisamente 4 anos de praticar, apareceram pela primeira vez em público com um encontro entre estes e o 2.° team do Sport Vitória Académico, em 12 de Abril de 1913, do qual triunfaram os alunos da Casa Pia por 1 a 0.

A sua sede era na Real Casa Pia (hoje Universidade de Évora), tendo por equipe a camisola roxa e branca (metade de cada cor) e calção preto.
De tanto batalharem, conseguem conquistar o título de campeões na época de 1920/21.
Em 8 de Outubro de 1915, comunicava o sr. Augusto Cabeça Ramos à imprensa, que a partir desta data ficava como treinador de futebol dos alunos internados na Casa Pia de Évora.
Em 1926, o grupo desta casa de beneficência, resolveu não entrar mais em competições públicas, e quatro dos seus jogadores ingressaram no Lusitano Ginásio Clube.

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"Subsídios para a História do Futebol em Évora" de Gil do Monte

sábado, 24 de dezembro de 2016

História do Futebol em Évora - Equipas - Ginásio Club Comércio e Indústria


1.ªs «teams» do Sport Vitória Académico e Sport Empregados do Comércio 
(1912) num encontro no Rossio

O Club Sport Empregados do Comércio no intuito de alargar a sua ação, inclui no seu seio a seção de Indústria, pelo que resolveram rejuvenescer o Club sob a denominação de Ginásio Club Comércio e Indústria, em Assembleia Geral de 24 de Agosto de 1913. A sede era na Rua Conde da Serra, nos baixos do palácio deste titular, num celeiro grande que ainda hoje existe.

Portanto, o Ginásio Club Comércio e Indústria é uma continuidade do glorioso Club Sport Empregados do Comércio.

Começou pela prática da Alta Ginástica, sob a competência do sr. Arnaldo da Silveira, e só mais tarde conheceu a modalidade do Futebol.

Na referida Assembleia, foram constituídos novos Corpos Gerentes, como adiante segue:

DIREÇÃO
Presidente, Arnaldo da Silveira; Tesoureiro, Manuel Boleto (Cácá); Secretário, Satyro de Carvalho; Vogais, José Palminha Lança e António Marques Cachapa.

ASSEMBLEIA GERAL
Presidente, Manuel Traquete; Vice-Presidente, Manuel Meira Bastos; Secretários, Manuel do Vale e Bruno Godinho.

CONSELHO FISCAL
Celestino do Vale, Américo Baleizão e Grimaldo Fernandes.

Adaptado de

"Subsídios para a História do Futebol em Évora" de Gil do Monte

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

História do Futebol em Évora - Equipas - Ateneu Desportivo Eborense


Em 18 de Abril de 1913, realizou-se uma reunião numa das salas do 2.° andar da Sociedade Harmonia Eborense, vinte e tantos sócios do Club Spor­tivo (que já datava) em organização e sem nome ainda próprio, a fim de assentar as melhores bases para a sua fundação.
Presidiu o sr. dr. Felício Caeiro, secretariado pelos srs. Alferes Artur Matias e A. Correia. Depois de se ter apreciado as resoluções tomadas na últi­ma reunião, foi apresentada e discutida uma proposta dos srs. A. Carreia e J. d'Abreu Calhamar, ficando assente ficar o club com o nome de Ginásio Clube Português Eborense, praticando e desenvolvendo ali todos os ramos do des­porto, conforme o permitir a situação financeira.
Finalmente procedeu-se à eleição da direcção a qual ficou composta pe­los seguintes cidadãos:
- Srs. dr. Felício Caeiro, tenente Barbudo, dr. Lindolfe Bravo, J. d'Abreu Calhamar, A. A. Calhamar, Cabeça Ramos e o professor do Liceu Melo., ficando a direcção com plenos poderes para agregar a si, apenas como consultivo todos os peritos em desporto.

Ao entrar a sessão o Ex.mo presidente profere um breve discurso, dizendo ter aderido com entusiasmo à ideia da fundação de um Ginásio Club em Évora, não só por ter sido desde rapaz, amante do desporto, como também por saber que nesse clube não poderia dar entrada quaisquer vislumbres políticos ou partidários.
Assim, continua achando-se perfeitamente à vontade naquele meio, e tem a satisfação de comunicar à Assembleia que apesar de o novo Ginásio contar em seu seio poucos sócios relativamente no engrandecimento que o mesmo deve ter, todavia, poucos clubes se tem fundado com um número elevado deles. Desta direcção devem sair elaborados os estatutos.
A sessão encerrou pelas 23 e meia horas.

Porém, não ficou com o primitivo nome (Club Sportivo), nem tão pouco sob a designação que optara, mas sim a de Ateneu Desportivo Eborense, pelo qual passou a designar-se.

Em 1 de Dezembro de 1913, solenemente foi inaugurada a sua sede, com um espectáculo desportivo, seguido duma comédia — «Quem desdenha . . .», de Pinheiro Chagas, no Teatro Garcia de Resende, a fim de angariar fundos para o nóvel clube, que, apesar de seis meses de existência, contava já cerca de quatrocentos associados.

Neste sarau de arte, tomaram parte os apreciados amadores, — D. Alice Ribeiro, António Paquete, Valentim Júnior e outros. A orquestra compunha-se de 20 executantes, sob a regência do distinto artista sr. Martins da Fonte, esperando-se ainda que viessem elementos da capital mais alguns reforços, entre eles o exímio violinista Carlos de Araújo Júnior.

Tinha por Comissão Instaladora os seguintes senhores: dr. Felício Caeiro, Manuel Monte, dr. Bravo, António Correia, Cabeça Ramos e Melo. Pelas 12 horas do dia 7 de Dezembro de 1913, em sessão solene, é inaugurada a sede do Ateneu Desportivo Eborense, tendo o dr. Felício Caeiro feito o discurso de abertura e festa desportiva ao ar livre.

As salas do Ateneu, encontravam-se artisticamente ornamentadas em estilo alegórico aos diversos ramos de sport, como seja: Ginástica, Esgrima, Caça, Tauromaquia, Sports Atléticos, Patinagem, etc.
O velho palácio das Mercês, onde outrora fôra o Convento das Mercês, vestia as suas melhores galas. A extinta Praça de Touros das Mercês, sofreu uma completa transformação, para comportar a enorme multidão, que havia de assistir à festa sportiva. Abrilhantou a festa a Banda da Casa Pia.

O Ateneu dispunha então dos seguintes atletas: António Calhamar e Augusto Cabeça Ramos, no Jogo do Pau; Ismael Jorge, em Alteres; Arnaldo da Silveira, Matos Saraiva e António Cachapa, em Barra Fixa; dr. Lindolf Bravo e Azinhais Mendes, no assalto de Sabre; António Calhamar e Herculano Ramalho, em Paralelas.

Em Abril de 1914, o Ateneu adquiriu um campo de jogos (actual Estádio do Lusitano Ginásio Clube), que tencionava vedar, mas que não chegou a fazê-lo.
Era pertença da Ex.ma Senhora D. Inácia Barahona., que mais uma vez mostrou o seu grande amor pela sua terra, coadjuvando com o seu valioso óbulo em tão útil obra.
A 7 de Maio de 1915, em sessão da Câmara Municipal, foi apreciado um ofício da Direcção do Ateneu para a cedência do campo de Lawn Ténis, no Passeio Público (Mata), até ao fim do ano, sendo atendido na sua pretensão:

« ...Esta bem orientada colectividade fez nova escritura de arrendamento, por 15 anos, da parte do edifício do, extinto Convento das Mercês, onde está instalado, e em Assembleia Geral de 17 de Março de 1915, aprovou a construção dum teatro-circo na antiga Praça das Mercês.
A importante obra é feita por cota entre os sãcios,alguns dos quais receberam com tanto entusiasmo a iniciativa da .direcção, que antes mesmo da proposta ser apresentada à Assembleia, já tinham feito inscrições que atingiu metade da importância orçada para a obra. É de crer, pois, que esta nova casa de espectáculos, há tanto tempo desejada, ainda possa funcionar próximo em Julho como se diz».

(Do «Noticias de Évora», n.° 4 258, de 19-3-915).


Em fins de Janeiro de 1917, realizou-se uma Assembleia Geral para eleições de novos Corpos Gerentes, ficando assim constituída:

ASSEMBLEIA GERAL

(EFECTIVOS)
Presidente — Berardo Martins Andarinho; Secretários — José Maria Correia e Manuel Tomás de Sousa.

(SUPLENTES)
Presidente — José Celestino Formosinho; Secretários — Teimo Boleto e Rangel de Campos Nery.

CONSELHO TÉCNICO
Fernando Tamagnini d'Abreu e Silva, dr. Manuel Gomes Fradinho, José de Sousa e Melo, António Simões Paquete, Joaquim Francisca da Silva, dr. Armando Augusto Fernandes Gião, dr. Máximo Homem de Campos Rodrigues, Ismael Mário Jorge, João Maia, dr. Manuel Lopes Marçal Júnior, António Lobo de Abreu, Sebastião de Melo da Mota Cerveira, João Maria Martins da Fonte, Adriana Augusto Murteira e José Francisco de Sousa Gomes.

COMISSÃO REVISORA DE CONTAS
Ambrósia de Brito Vaz Coelho, Gabriel Victor d'Oliveira Mendes e Gilberto Carreia Alves.

DIRECÇÃO
Dr, Felício Caeiro, Armando C. Duarte Melo, António Alberto Correia, Manuel António Monte, Augusto Cabeça Ramos, José de Matos Fernandes e Joaquim A. de Abreu Calhamar.

SUBSTITUTOS
António Valentim Lourenço Júnior, José Monteiro Serra e António M. Saraiva.


O Ateneu lutou logo de início com dificuldades de toda a ordem, principalmente monetárias, para o empreendimento de vulto que se propunha realizar, como depois pela vida fora, mormente quando lhe foi imposto o cruel dilema do mandado de despejo, pelo injusto senhorio.

«Isto é, o Ateneu, cumpriu ao mesmo tempo a obrigação brutal da lei e o dever sagrado de humanidade que lhe assistia, em tal caso, da mesma maneira que qualquer tem o dever imperioso de receber e albergar, sob o seu tecto, o miserando andrajoso que se livrar da procela bate à sua porta.
Pois bem. Nestas circunstâncias, o que faz o senhorio? Tenta judicialmente escorraçar o Ateneu da sua casa, alegando a falta de cumprimento da dita prescrição do contrato.
Justiça se fará, os tribunais resolverão e o Ateneu não sairá, se alguma alta influência política não se mover iludindo a justiça! ...
Neste ponto não ficará prejudicado. O Ateneu há-de ser grande, há-de realizar a sua missão, através de todas as vicissitudes por que o façam passar, há-de ser grande e. realizar a sua missão, para bem da Pátria e da Humanidade, porque à sua frente estão almas cheias de fé, de entusiasmo e amor, o que basta para que tenham força criadora, profícua e progressiva.
Levará tempo mas vencerá! A ignorância não pode ditar leis nem impôr o caminho a seguir.
Esse senhorio, se queria realizar um bom negócio, não tinha nenhum outro meio de que deitar mão, leal ao menos? Tinha e fácil.
Era arranjar outra casa ao Ateneu, de fácil adaptação para este e tudo estava arranjado.
O Ateneu saía e assim o senhorio tinha as necessidades da sua vida aplanadas.
Porém, assim ... só em Março de 1929! Saiba-o toda a gente para que ao Ateneu não se imputem irredutibilidades prejudiciais a outrém, o que era algo desumano ...
Se esta questão trouxemos ao domínio público, é a par d'um desabafo de quem se sente revoltado, a convicção que temos de que o público necessita interessar-se pelas coisas que lhe pertencem, e o Ateneu vive para o bem dos mesmos que o desprezam e anavalham, vive como um elemento importante, na formidável obra de redenção, de regeneração e progresso que é preciso operar nesta Pátria, para que a vejamos linda, forte, digna dos que a criaram, digna desta luz magnificente que sobre ela cai, metamorfoseando-se em maravilhas de cor e de perfume!»
M. C.
(Do «Notícias de Évora», de 2-8 919).

 Adaptado de
"Subsídios para a História do Futebol em Évora" de Gil do Monte

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

História do Futebol em Évora - Equipas - Sporting Clube Eborense

Este grupo teve um vida apagada, conquanto durasse quase dois anos. Não aparece nas lides desportivas se não em dois pormenores, a saber: 

- a 25 de Agosto de 1912, coadjuvou na festa sportiva organizada pela Junta da Paróquia de S. Mamede, a favor das crianças pobres da mesma freguesia, com o concurso do Club Sport Empregados do Comércio de Évora, Real Casa Pia, Academia Eborense e Sporting Club Eborense; 

- no segundo caso, surge-nos numa referência inserta no jornal «O Carbonário», n.° 117, de 9-2-913, in o Communicado Sport, sobre o jogo de 26-1-913, entre o Sport Vitória Académico e o Club Sport Empregados do Comércio, em que Manuel Bastos, combatendo a crítica do encontro in «Alma Académica», a saber:

... Diz-nos mais o inconsciente: o team Académico venceu o Sport Comércio, em dois desafios, no primeiro por 1 a O, no segundo por 4 a O, é facto que o Académico conseguiu essas vitórias, mas o que ninguém ignora e esse senhor parece desconhecer, é que esses desafios não foram jogados contra o team Club Sport Comércio, mas sim, contra um team misto formado por jogadores do Sport Comércio, e na maioria do Sporting Club Eborense, ora eu agora peço a esse senhor que me contasse isto, mas tiver a inconsciência de o fazer que se assine para ter o gosto de o conhecer».
Manuel Bastos
Adaptado de
"Subsídios para a História do Futebol em Évora" de Gil do Monte

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

História do Futebol em Évora - Equipas - Sport Club Empregados do Comércio

A Associação dos Empregados do Comércio de Évora, foi fundada em outubro de 1903. Para além de ser um organismo defensor da classe, dedicou-se de uma maneira geral à instrução física e espiritual dos seus associados. Primeiramente dedicou-se à Arte da Talma, realizando recitais associativos, e mesmo públicos; na música, recebeu fartos aplausos em tournées pela província, com a sua esplêndida tuna, sob a regência de Hermínio Zorrinho, iniciando-se com uma excursão à vizinha vila de Montemor-o-Novo, em 6 de maio de 1911 (conforme local inserta em o “Sul Democrático” anunciava a comemoração do primeiro aniversário com uma festa sportiva no nº1 de 23-5-1913).

Em maio de 1912, era fundado o Sport Club Empregados do Comércio, que perdurou até 24 de agosto de 1913, em cuja data se dissolveu por assembleia geral, e fundado em sua substituição o Ginásio Clube Comércio e Indústria, e mais tarde deu-nos ainda outra formação desportiva, sob a denominação de Grupo Sportivo da Associação dos Empregos do Comércio de Évora.

Está ainda na memória dos eborenses de antanho, os grandiosos espectáculos realizados na Praça de Touros e no Rossio de S.Brás.

Com os Sports Atléticos, veio também a ser criada a secção de futebol. Possuía, igualmente, o seu órgão de imprensa sportiva, sob o título de “A Evolução Sportiva” iniciado em 19 de julho de 1913, tendo por orientadores – Celestino M. do Vale, Satyro de Carvalho, Manuel Bastos e A.Caeiro. O seu primeiro número dava direito, quando comprado à entrada na Festa Sportiva na Praça de Touros. Teve como fundadores; Satyro de Carvalho, Celestino do Vale, Jerónimo de Almeida e Manuel Mena Bastos, etc…

Direção: Satyro de Carvalho, Manuel Bastos e José Barrocas.
Sede: Rua da Selaria (por cima da papelaria Nazareth e, depois, na Praça Joaquim António de Aguiar (antiga residência da família do Ex.mo Senhor José Félix da Mira)

Teve várias formações, mas a que mais perdurou foi a seguinte:
Guarda-redes: Adriano Augusto
Defesas: Afonso Barreiros e João Gonçalves
Médios: Aníbal, Bruno e Bastos
Avançados: Francisco Mouquinho, Fernandes, Grimaldo Fernandes, Vale e Palminha

Equipamento: Blusa verde de flanela, com bolso e punhos brancos, e calção igualmente brancos


1ºTeam do Club Sport Empregados do Comércio
(Fotografia tirada no Jardim Público)

A começar da esquerda (de pé) – Manuel Bastos, João Gonçalves, Afonso Barreiros, Adriano Augusto, Grimaldo Fernandes, Francisco Monginho e Gustavo Corujo
Sentados – Bruno Godinho (capitão), Manuel Fernandes, Manuel Boleto, José Palminha e Manuel do Vale
   

Adaptado de 
"Subsídios para a História do Futebol em Évora" de Gil do Monte


sexta-feira, 11 de novembro de 2016

História do Futebol em Évora - Equipas - Sport Vitória Académico


Não se conhece ao certo a data da sua fundação mas já em 1910 se praticava futebol no Sport Vitória Académico. Somente em meados de 1912 o futebol teve uma estrutura própria no Liceu de Évora, orientado pelos alunos mais velhos, mas concretamente pelo competentíssimo e entusiasta desportista eborense Augusto Cabeça. 

No entanto, nem só a este desporto os académicos se dedicavam; cultivavam igualmente vários outros desportos, entre os quais contam-se os Sportes Atléticos, em cuja modalidade alcançaram lisonjeiros resultados no campeonatos nacionais, com alguns recordemans.

Possuíram, também, uma esplêndida Tuna, que percorria toda a província com récitas de arte; dedicavam-se, igualmente, com verdadeiro amor à Arte de Talma e deslocaram-se mesmo, com uma embaixada artística, ao país vizinho.

O Atletismo foi introduzido no Liceu, com o Festival Sportivo de 21 de maio de 1911, em benefício da sua Caixa Filantrópica.
Só no ano seguinte é fundado oficialmente o Sport Vitória Académico, na mesma data da Festa Sportiva, em 25 de agosto de 1912, organizada pela Junta de Paróquia da Freguesia de S.Mamede, e em que figurava sob o nome de Academia Eborense.

Em fins de julho de 1914, desaparecia, para fazer a fusão com Ginásio Comércio e Indústria, e deles surgir o Club Atlético União Eborense.
A sua sede era no Liceu de Évora, e patrocinado pelo próprio professorado, que idolatrava a educação física.

Equipa: 
Guarda-redes – Joaquim Monte; 
Defesas – António Cândido (1ºCabo de Cavalaria 5) e Cortez Rosado; 
Meias-defesas – J.Brás, José Fialho e M.Serrão; 
Avançados – J.Pimentel; João Pais, Cabeça Ramos, António Pais e M.Vicente

Equipa (outra formação utilizada em 13/02/1913):
Guarda-redes – Joaquim Monte
Defesas – J.Pimentel e António Cândido
Meias-defesas – J.Brás, João Pais (Capitão) e António Pais
Avançados – Melo e Moura, M.Serrão, Cabeça Ramos, Mário Freixo e José Dores


Adaptado de 
"Subsídios para a História do Futebol em Évora" de Gil do Monte


sábado, 5 de novembro de 2016

História do Futebol em Évora - Equipas - Évora-Sport

A equipa Évora-Sport era composta por operários gráficos de várias oficinas, mais concretamente da Minerva Comercial, Lda., conhecido pelo "Grupo dos Azelhas", e tinham por campo de futebol o Largo da Graça, ao tempo térreo, ou então o Rossio de S.Brás.

A sua data de fundação deverá ser no final de 1908, ou princípios de 1909, pouco depois do aparecimento da Real Casa Pia de Évora e extinguiu-se em meados de 1912. Como o clube tinha tendência para prosperar, deram em alargar o âmbito, ingressando nele importantes elementos de outras artes, e até alguns estudantes.

Foi-lhe colocado o pomposo nome de Évora-Sport, e tinha a sua sede num celeiro do Conde da Serra da Tourega, anexo ao palácio deste, na rua do mesmo nome, de onde sairia o futuro Sport Clube Empregados do Comércio.

Deste agrupamento fazia parte José Palminha Lança, António Afonso Carvalho, Bruno Godinho, João Ribeiro, e mais tarde, José Barreiros, Afonso Barreiros, Grimaldo Fernandes, João Gonçalves (ou João Sapateiro), Manuel Monte, Herculano Ramalho, Galhoz (caixeiro dos Armazéns do Chiado) e António Cachapa, que depois foi sargento, e grande entusiasta pela alta-ginástica, bem como Arnaldo da Silveira, que lhe ministrava o ensino da ginástica.


"Em 2 de abril de 1911, pelas 4 horas da tarde no Rossio de S.Brás, realizou-se um encontro de futebol, entre o Grupo Évora-Sport e o Grupo Foot-ball Eborense, tendo por árbitro Augusto Cabeça Ramos" 
                                                                                 excerto retirado de "O Carbonário" de 02-04-1911  


Estávamos em 1912, cujo ano histórico, assinala no historial do mundo desportivo eborense, um marco pró-escalada do desporto local, que se expande desde então em erupção. 

Em 21 e 22 de março visita Évora uma excursão do Liceu da Lapa, de Lisboa, que nos proporciona uma festa desportiva, em conjunto com os clubes de Évora, como vemos pela breve notícia na comunicação social da época:

"... Nos dias 21 e 22 de março, realizaram-se em Évora sportes atléticos, promovidos pela excursão do Liceu da Lapa, de Lisboa, e os clubes eborenses (Liceu de Évora, Casa Pia, Escola Central, e as equipas de Cavalaria e Infantaria). 
Disputaram-se as provas atléticas, seguidas dum match de foot-ball, ganhando o Liceu da Lapa, de Lisboa, por 4-0.
Da equipa de Évora distinguiram-se o guarda-redes (keeper) Francisco Duarte e o defesa (back) Cabeça Ramos. Árbitro - Pedro "del Negro". 
   
                                                                         excerto retirado de "Sportes Ilustrados" de 25-03-1912

  

Adaptado de 
"Subsídios para a História do Futebol em Évora" de Gil do Monte