Em 2008, Wigor é uma promessa da Portuguesa. 19 anos, a formação toda feita no clube, a vida toda pela frente. Faz golos nos juniores do clube paulista ao fim de semana e treina ao lado de Jonas de segunda a sexta.
Sim, esse Jonas, o goleador do Benfica em 2015.
Em 2015 também, Wigor continua a marcar, mas longe da ribalta. É o ponta-de-lança do Juventude, líder da principal divisão da AF Évora, e só pensa em vencer o dérbi do próximo domingo. Nisso e, claro, no reencontro com Jonas, o antigo colega.
«Ele é uma referência para mim. Já era fantástico, golos era mesmo com ele. Em Portugal ainda não nos vimos, mas tenho a certeza que ele não se esqueceu do Wigor», diz ao Maisfutebol o avançado do Juventude Évora.
O percurso de Jonas e Wigor separou-se com o empréstimo do segundo ao Mogi das Cruzes. E daí seguiu diretamente para Mirandela.
«Um dirigente português, da Portuguesa, falou-me de Portugal. Decidi arriscar e vim. Estive em Mirandela, Vila Meã, União Montemor, Prainha (nos Açores) e cheguei ao Alentejo em 2012, para jogar no Atlético Reguengos», conta o atacante.
Wigor vive na residencial do Juventude - «sou o único estrangeiro do plantel e o único a viver lá» -, treina uma vez por dia e sonha com dias de glória.
«Estou num clube cumpridor, adoro o Juventude, mas o meu lugar é na I ou II Liga. Eu sou de São Paulo e Évora é uma calmaria total. Do que mais gosto? Do plantel do Juventude e do bacalhau. Agora temos é de ganhar ao Lusitano e recuperar os bons velhos tempos do nosso clube».
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